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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Vencedores do Prémio de Inovação para África e os desafios do continente

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Entre os projetos vencedores deste ano estão um teste médico rápido para doenças comuns em África e um dispositivo que pode ajudar a produzir mais eletricidade, aumentando a eficiência no continente.
fonte: DW ÁFRICA
Innovation Prize for Africa - Gewinner Aly El-Shafei (Isaac Kaledzi)
A capital do Gana, Accra, foi o palco escolhido pela Fundação Africana para a Inovação para a cerimónia deste ano do "Prémio de Inovação para África. O evento, que vai já na sua 6ª edição, pretende divulgar e incentivar projetos inovadores capazes de solucionar alguns dos principais desafios do continente africano. Pretende, igualmente, incentivar os africanos a optar por carreiras nas áreas da ciência, tecnologia e engenharia com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável de África.
Na edição deste ano de 2017, estiveram a concurso cerca de 2500 projetos de países de todo o continente africano. Em Accra, os participantes tiveram a oportunidade de trocar contactos e conhecimentos e vender as suas ideias, que chegaram de várias áreas.
Aly El-Shafei, tem 58 anos, e foi o vencedor deste ano. O engenheiro mecânico desenvolveu uma tecnologia que apoia a geração de energia. O projeto do egípcio pode  aumentar a produção de energia em até 10 por cento, reduzindo as vibrações, o que, por sua vez, poderá fazer reduzir o custo de produção de energia no continente.
Impacto no continente africano
Em entrevista à DW, El-Shafei explica o impacto da sua inovação no continente africano. "Este é um dispositivo que é colocado nas máquinas que temos atualmente, mas também nas máquinas que iremos ter futuramente e que produzirão energia para África”, afirma o egípcio, acrescentando que o dinheiro do prémio irá ajudar com o "protótipo”.
Uganda - Philippa Ngaju Makobore (Design without Borders)
Philipa Makobore arrecadou o segundo lugar.
Em segundo lugar ficou Philipa Makobore. A mulher de 38 anos, nascida no Uganda, desenvolveu um dispositivo médico que administra com precisão medicamentos controlando a taxa de fluidos para salvar vidas de pacientes que precisam de terapia de infusão. Philipa Makobore explica que pretende, ainda este ano, iniciar os ensaios clínicos em adultos e em crianças pequenas. "Será nisto que gastaremos a maioria do dinheiro do prémio. Com base no feedback dos ensaios, iremos fazer a revisão da tecnologia”, acrescenta.
A completar o top 3 está Dougbeh-Chris Nyan, da Libéria, que desenvolveu também um teste de diagnóstico rápido que deteta e diferencia pelo menos três a sete infeções ao mesmo tempo num espaço de 10 a 40 minutos. "É rápido, acessível e barato”, afirma Nyan, acrescentando que o teste usado nos testes já efetuados é portátil, facilitando o transporte para as zonas mais rurais.
Os vencedores da edição deste ano do Prémio de Inovação para África receberam prémios monetários para melhorar e comercializar os seus projetos. O primeiro prémio é de cem mil dólares americanos (86,700 mil euros) e o segundo de 25 mil (21,7 mil euros). O terceiro prémio é especial e visa distinguir a inovação com maior impacto social. Foram ainda atribuídos ao terceiro classificado 25 mil dólares americanos. Os restantes sete candidatos receberam 5000 dólares (4,3 mil euros).
Incentivar jovens africanos
A Fundação Africana para a Inovação pretende que esta iniciativa continue a incentivar os jovens africanos a desenvolver projetos inovadores. Walter Fust, presidente da Fundação Africana para a Inovação, acredita que existe potencial. Na opinião deste responsável, "muito pode ser feito através da inovação”. "É por isso que temos como grande objetivo trabalhar na mobilização do espírito inovador dos povos africanos. Dar-lhes auto-estima para que realmente as pessoas com talento avancem com soluções para o continente”, conclui.
Existe uma rede de contactos para estes vencedores e outros inovadores continuarem a melhorar os seus produtos. A esperança é que esta iniciativa continue a incentivar os jovens africanos a continuar a desenvolver projetos inovadores. No entanto, ainda está para ser visto se os governos africanos também estão empenhados em priorizar este tipo de iniciativa fornecendo o apoio necessário para que os cidadãos dos seus países se aventurarem na inovação.

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Samuel

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