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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Trump e Kim: do ‘fogo e fúria’ às juras de amor.

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Atenção do americano no jantar de trabalho com norte-coreano tende a ser desviada para Washington, onde seu ex-faz-tudo vai depor no Congresso


O segundo encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder norte-coreano Kim Jong-un começa nesta quarta-feira, em Hanói, sob crescente moderação das expectativas no lado americano. De acordo com o website Vox, que obteve informações exclusivas de fontes que participaram das negociações prévias, o melhor cenário é uma clara vitória diplomática para o ditador norte-coreano.
Primeiro, seria declarado oficialmente o fim da Guerra da Coreia, que terminou em armistício em 1953, mas não um tratado definitivo de paz. Em seguida, a Coreia do Norte devolveria os restos mortos de mais alguns dos milhares de soldados americanos mortos em combate em seus campos. No ano passado, depois da reunião de cúpula histórica de Singapura, Kim Jong-un permitiu o retorno dos corpos de 55 soldados.
O terceiro ponto seria a criação de pequenas representações diplomáticas sem fim,  a Coreia do Norte se comprometeria a não mais produzir combustível para suas bombas nucleares na usina de Yongbyon.
Se este último estágio for cumprido, os Estados Unidos poderão levantar algumas das sanções econômicas, de forma a permitir que a Coreia do Sul toque projetos em seu vizinho do Norte. O restante do bloqueio econômico, porém, deverá continuar como meio de pressão de Washington para que Kim cumpra suas promessas e conduza a completa desnuclearização de seu país.
Donald Trump, caminha ao lado do ditador Kim Jong-un na área externa do hotel Capella, na ilha de Sentosa em Singapura – 14/06/2018 (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)
Ao referir-se a Kim Jong-un, o presidente americano foi da retórica de “fogo e fúria”, com suas ameaças de atacar a Coreia do Norte em 2017, a um linguajar de telenovela mexicana, ao declarar que “nós nos apaixonamos.”
Donald Trump, caminha ao lado do ditador Kim Jong-un na área externa do hotel Capella, na ilha de Sentosa em Singapura – 14/06/2018 (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)
Ao referir-se a Kim Jong-un, o presidente americano foi da retórica de “fogo e fúria”, com suas ameaças de atacar a Coreia do Norte em 2017, a um linguajar de telenovela mexicana, ao declarar que “nós nos apaixonamos.”
A jornalista Susan B. Glasser, da revista The New Yorker, comenta ser comum Donald Trump gritar para seus assistentes: “vão buscar as cartas”. Eles já sabem que se tratam das  duas cartas que o presidente americano recebeu de Kim Jong-un antes dos encontros de Singapura e de Hanoi e que mostrar orgulhoso, como troféus, aos visitantes do Salão Oval. Causa desconforto entre seus colaboradores mais graúdo a excitação quase juvenil de Trump com a prosa adornada e cheia de clichês do ditador norte-coreano, ciente de como seu destinatário gosta de adulação.
“Não sou fã de Trump mas, desta vez, acho que ele acertou ao criar uma aproximação pessoal,” disse a VEJA Michael O’Hanlon, diretor de pesquisa em política externa do Brookings Institution, um think tank de Washington. “Suspeito que foi um fator para  aumentar as chances de sucesso.”
Para o pesquisador, o que constitui sucesso é deter novos testes nucleares e aumento do arsenal existente na Coreia do Norte, especialmente da produção de mísseis de longo alcance. O’Hanlon não acredita na possibilidade de Trump convencer Kim Jong-un a abrir mão do programa nuclear em curto prazo. Mas admite que os Estados Unidos não t~em muitos detalhes sobre o arsenal de Kim.
“Não sabemos se eles têm uma ogiva que possa ser acoplada a um míssil, nem conhecemos os desenhos de suas armas avançada”, afirmou O´Hanlon.
fonte: veja.com


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Samuel

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