Dos financiamentos prometidos ao anterior governo de São Tomé e Príncipe, apenas uma parte chegou efectivamente aos cofres do Estado, alega o advogado Adelino Pereira.CC0 PIxabay/geralt
Adelino Pereira, advogado do ex-ministro das Finanças, Américo Ramos, em prisão preventiva desde a semana passada sob a acusação de desvio de fundos que eram destinados ao país, prestou esclarecimentos esta Terça-feira sobre os 30 milhões de Dólares de dívida contraídos em 2015 pelo executivo anterior junto de uma empresa privada chinesa, a "China International Fund", bem como sobre o compromisso assinado em 2017 com o Koweit para o financiamento em 17 milhões de Dólares ao Hospital Ayres de Menezes.
Em relação a este último ponto, o advogado disse que os fundos nunca foram transferidos para nenhuma conta. Relativamente aos 30 milhões que se destinavam ao projecto nunca executado de construção de uma cidade administrativa em São Tomé, Adelino Pereira referiu que entraram para o tesouro público são-tomense apenas 10 milhões de Dólares. De acordo com o advogado, os restantes 20 milhões nunca foram transferidos pela "China International Fund" porque, segundo ele, o responsável da referida empresa foi detido. Neste sentido, Adelino Pereira considerou que se está perante a "inexistência do objecto essencial do crime consumado".
De recordar que na sua comunicação ontem à Nação, o Presidente da República, Evaristo Carvalho, não se poupou em críticas à actuação da Polícia Judiciária neste caso, com a detenção sob a suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito do ex-ministro das Finanças, Américo Ramos, bem como do antigo titular do pelouro das Obras Públicas, Carlos Vila Nova, entretanto libertado no final da semana passada. Neste âmbito, Evaristo Carvalho disse que vai accionar os mecanismos à sua disposição para «Defender a Constituição da República», convocando preventivamente o Conselho Superior de Defesa, seu órgão de consulta para questões de defesa e segurança do país e, por outro lado, o Conselho de Estado, seu órgão de consulta em situações de grave crise político-institucional.
Em três anos de mandato enquanto Presidente, esta será a primeira vez que Evaristo Carvalho convoca o Conselho de Estado.
fonte: RFI
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Samuel