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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Líder do MDM preocupado com dissidentes da Renamo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, defendeu ser decisivo “acarinhar a expectativa” da desmobilização dos guerrilheiros da Renamo, no actual quadro precário da paz, para quebrar ciclos de violência pós-eleitoral e insurgências.



Em declarações à Lusa, Daviz Simango sugeriu que a contestação de uma ala da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana, maior partido da oposição) à liderança do partido e do processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) social, iniciado esta semana, resulta da falta de transparência.
O líder da terceira força política moçambicana chamou a atenção para a necessidade de se promover a inclusão, para não se “abrir uma porta para a insurgência no futuro” e prejudicar o acordo de cessação de hostilidades militares.
“Não basta a gente assinar por assinar, para transportarmos a imagem de que em Moçambique há ciclos eleitorais em paz”, disse Daviz Simango, em alusão ao acordo de cessação das hostilidades, para o fim formal dos confrontos entre as forças governamentais e o braço armado da Renamo, assinado a 1 de Agosto na Gorongosa, entre o Presidente moçambicano e o líder da Renamo.
Daviz Simango manifestou preocupação com a contestação inédita dos guerrilheiros, insistindo para a necessidade de inclusão e integração e de gestão das expectativas do grupo para a vida futura, após a desmobilização.
Em causa estão as contestações de um grupo de guerrilheiros liderado pelo major-general da Renamo Mariano Nhungue, e que se auto-denomina “Junta Militar da Renamo”. 
O grupo exige a renúncia do líder do partido, Ossufo Momade, acusando-o de estar a “raptar e isolar” oficiais da Renamo que estiveram sempre ao lado do antigo presidente do partido, Afonso Dhlakama, que morreu a 3 de Maio do ano passado.
“Nós temos consciência de que parte das pessoas, que eventualmente não estejam integradas, são pessoas que cumpriram a sua missão no processo de criação e no desenvolvimento da própria democracia. 
Entretanto são pessoas úteis e são pessoas importantes na nossa sociedade, são nossos irmãos, são pessoas amáveis”, precisou Daviz Simango, que defendeu a publicação da lista dos guerrilheiros a integrar para a transparência do processo de DDR.
“As pessoas querem a paz, todos eles querem integração, único problema aqui é a comunicação, é o problema de ouvir, e assegurar as motivações”, sublinhou, sustentando que “o moçambicano não tem interesse nenhum em, de ciclo eleitoral em ciclo eleitoral, estar a gastar os pacatos recursos financeiros” para gestão de conflitos provocados por intolerâncias políticas.
A autoproclamada Junta Militar da Renamo ameaçou quarta-feira com acções militares se o Governo moçambicano insistir em negociar com o presidente do partido, considerando que o processo do diálogo viola o espírito dos acordos de paz celebrados pelo líder histórico do partido, Afonso Dhlakama.
Na quinta-feira o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade, assinaram o acordo de cessação das hostilidades, para o fim formal dos confrontos entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição.
O processo de paz para Moçambique prevê ainda um acordo de paz mais amplo, que deverá ser assinado na próxima semana, desta feita em Maputo, e prevê a integração nas forças de segurança do contingente armado da Renamo.
O acordo de cessação de hostilidades foi assinado na quinta-feira, no meio de contestação da Junta Militar da Renamo à liderança do partido e ao rumo das negociações de paz, e um dia após um ataque a um camião de carga e um autocarro de passageiros, que resultou em um morto.
Comunidade
de Santo Egídio
O padre Ângelo Romano, que em nome da Comunidade de Santo Egídio participou nas negociações de paz em Moçambique, disse sábado que os moçambicanos nascidos após a guerra civil, metade da população total, foram e serão um “obstáculo” a eventuais tentativas de retrocesso no processo de paz.
Para aquele membro da Comunidade de Santo Egídio, o factor mais importante para o sucesso das negociações, e que “tem de ser considerado”, foi “a vontade de paz do povo moçambicano”.
O padre Romano acrescentou: “Se alguém pensar em propor o conflito, vai encontrar esse obstáculo pela frente, que é uma geração que quer um país sempre mais moderno, mais avançado e com a sua dinâmica democrática normal”. 
Assim, na sua opinião, a vontade dessa geração foi um grande contributo para a paz e será no futuro uma guardiã dessa mesma paz.
fonte: jornaldeangola

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Samuel

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