fonte: DW África
Magistrados da Guiné-Bissau decidiram suspender
greve para exigir a aplicação da lei sobre o novo estatuto remuneratório devido
às eleições de 24 de novembro. Primeiro-ministro diz que interesse nacional foi
preservado.
"Apela-se
aos magistrados para retomarem as suas atividades profissionais a partir de
sexta-feira e manterem-se calmos e serenos na certeza de que os seus
representantes se mantêm firmes e determinados em prosseguir na luta pela
defesa dos seus direitos e interesses", refere-se no comunicado a que a
Lusa teve acesso.
No
documento, os representantes sindicais dos magistrados judiciais e do
Ministério Público salientam que tomaram a decisão de suspender a greve devido
aos "interesses superiores da Nação", nomeadamente a apreciação das
candidaturas às eleições presidenciais.
O Supremo
Tribunal de Justiça tem de anunciar em 15 de outubro a lista dos candidatos
aprovados para participar nas presidenciais.
No
comunicado, os representantes sindicais salientam também que foi suspensa a greve que
deveria começar na próxima segunda-feira (07.10).
Interesse
nacional "preservado"
O
primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, afirmou hoje que o
interesse nacional foi preservado com o anúncio da suspensão da greve dos
magistrados do país.
"Após
várias rondas negociais, ficou suspensa a greve dos magistrados. O interesse
nacional deve ser preservado sempre. O país em primeiro lugar", escreveu
Aristides Gomes, na sua página nas redes sociais.
Na
quinta-feira (03.10), a ministra da
Justiça, Ruth Monteiro, disse acreditar que iria "prevalecer o
bom senso". "Estamos a falar de titulares de órgãos de soberania que
têm uma responsabilidade acrescida com o país e com o povo e estou convicta que
o interesse do país vai falar mais alto", acrescentou.
No total
foram submetidas para apreciação no Supremo 19 candidaturas
às presidenciais.
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Samuel