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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Miguel Trovoada diz que está a ser espiado

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O antigo Presidente são-tomense, Miguel Trovoada, disse, terça-feira, estar a ser alvo de “espionagem”, la-mentando “sinais de regresso” a uma época “já removida na história” do país, noticiou a Lusa.

 Miguel Trovoada
Fotografia: DR

Miguel Trovoada pediu uma audiência ao Presidenta da República, Evaristo Carvalho, para se queixar "da violação da Constituição, direitos e li-berdade dos cidadãos”.
“Eu pessoalmente constatei dois casos que me pareceram bastante insólitos. Recebi na minha residência uma delegação, por acaso do sr. presidente da Assembleia Nacional acompanhado de alguns colaboradores para me convidar para uma palestra no dia 26 de Novembro, em comemoração dos Acordos de Argel”, contou Miguel Trovoada aos jornalistas, no final de cerca de duas horas de audiência com o Chefe de Estado. Miguel Trovoada disse ter recebido, também, há dias um cidadão na sua residência para “conversar sobre várias questões”.
“O segurança vem me informar que a bastonária da Ordem dos Advogados passou, viu o carro, parou, pegou no seu smartphone, fez fotografia à viatura da pessoa que estava na minha residência e quando o segurança saiu e se encarou com ela, ela arrancou o carro”.
O antigo Chefe de Estado considera o que lhe está a acontecer como “muito inquietante, muito triste” e interroga-se: “O que é que a bastonária da Ordem de Advogados tem a ver com essa espionagem que se está a desenvolver e que me parece ser sinais precursores de uma certa esquizofrenia que pode-se alastrar no nosso país?”
Miguel Trovoada disse ter abordado, igualmente, com Evaristo Carvalho, os últimos acontecimentos relacionados com a manifestação contra a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) que resultou na destruição de vários templos dessa congregação religiosa e a morte de um adolescente. “São situações gravíssimas com queimas de viaturas, num clima quase que de insurreição no país que é algo a que nós não estamos habituados”, disse Miguel Trovoada.
O antigo estadista considera essa manifestação violenta como “um precedente” de uma outra, ocorrida aquando das eleições, altura em que também foi queimada a viatura de uma magistrada. “Há rostos bem identificados e não houve sequência de se responsabilizar as pessoas e punir para que isso não constituísse uma espécie de escola”, lamentou o antigo Chefe de Estado.


fonte: jornaldeangola

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Samuel

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