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quarta-feira, 8 de julho de 2020

ANGOLA: COMUNICADO DA ADMINISTRAÇÃO DO CANDANDO

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


«Após a circulação de notícias nos meios de comunicação, dando conta da intenção do Candando em encerrar parte da sua rede de lojas e proceder ao despedimento de vários dos seus colaboradores, a gerência dos hipermercados Candando, vem por este meio referir:

Hipermercados Candando – empresa de distribuição presente no mercado angolano, enfrenta um conjunto de desafios, fruto das dificuldades económicas do país, com impactos directos no negócio.

O Candando emprega (directa e indirectamente) cerca de 2000 trabalhadores, tem 3 hipermercados e 3 supermercados em funcionamento e, a actual realidade económica, o estado de emergência, e um conjunto próprio de constrangimentos, obrigam a um ajuste ao negócio.

A situação actual da empresa, encontra-se particularmente agravada por não poder contar com o apoio dos seus accionistas, fruto do arresto preventivo por decisão do Tribunal Provincial de Luanda.

O Candando apoia activamente a produção nacional de bens agrícolas e agropecuários, comprando estes produtos a mais de 100 fazendas, agricultores, pescadores e produtores angolanos.

As lojas Candando promovem o emprego jovem e a capacitação de quadros nacionais na sua Academia de Formação profissional – C.E.R. (Candando Escola de Retalho).

A Condis LDA, empresa da qual faz parte a rede de Hipermercados Candando, informa que tem nos últimos meses enfrentado, à semelhança das restantes empresas de distribuição presentes no mercado angolano, um conjunto de desafios e dificuldades, com impactos directos no negócio, fruto da degradação económica do país, e agravadas pelas necessárias medidas de confinamento impostas como resposta à crise pandémica do Covid-19.

O projecto Candando é um investimento recente (desde 2016), e com apenas quatro anos de existência, encontrando-se ainda numa fase de desenvolvimento e de reembolso do capital investido à banca. Tratando-se o Candado de uma empresa de retalho moderno, foram necessários grandes investimentos na construção dos estabelecimentos comerciais, nas infra-estruturas para as operações, e no capital humano, tendo sido projectado um investimento total de 400 milhões de dólares para implementação de uma rede de hipermercados e supermercados.

O projecto Candando é um investimento privado, e foi na sua integralidade pago e financiado pelos seus accionistas e pela banca comercial, nomeadamente pelos Banco BIC, Banco BAI, Standard Bank, Banco Millenium Angola, não tendo tido qualquer tipo de apoio do erário público, nem qualquer aporte de fundos do estado angolano.

O Candando emprega cerca de 2000 trabalhadores (directos e indirectos) e tem 3 hipermercados e 3 supermercados em pleno funcionamento. Paralelamente o Candando tem sido um veículo de desenvolvimento ao promover o emprego jovem e a capacitação de quadros nacionais na sua Academia de Formação profissional – C.E.R. (Candando Escola de Retalho).

As lojas Candando têm dinamizado a economia nacional, com aquisição de produtos “Feito em Angola”, tal como o peixe e a carne nacional, e produtos nacionais frescos como frutas e legumes vindos do interior do País. O Candando apoia activamente a produção nacional, sobretudo dos bens agrícolas e agropecuários, comprando estes produtos a mais de 100 fazendas, agricultores, pescadores e produtores angolanos, aos quais apoia também com alguns insumos, para além de firmar acordos estáveis de compra de produtos locais com grande regularidade.

A situação actual da empresa Condis Lda, encontra-se particularmente agravada por esta não poder continuar a contar com o apoio dos seus accionistas, uma vez que por decisão do Tribunal Provincial de Luanda, e fruto do arresto preventivo encontram-se bloqueadas as contas bancárias dos accionistas assim como vedado o acesso aos dividendos e o acesso a fundos que poderiam servir para apoiar o Candando, e apoiar a sua operação corrente, e obrigações para com empresas fornecedoras de bens, rendas, serviços e entidades bancárias.

Acresce ainda que a pedido da PGR de Angola, as autoridades congéneres Portuguesas, procederam ao bloqueio das contas bancárias das empresas do grupo Candando em Portugal, contas essas que serviam para a abertura de linhas de crédito e pagamentos junto de fornecedores internacionais. Esta situação já obrigou a empresa a efectuar vários despedimentos em Portugal, e também limita o acesso à compra de produtos de importação que o mercado Angolano tanto carece.

Face a esta situação, a empresa Condis Lda apresentou um plano de revitalização, e solicitou o apoio às entidades competentes neste sentido tendo, entretanto, já tido a oportunidade de expor a sua situação junto do Ministério do Comércio.

1. O processo de ajuste a uma nova realidade e a um conjunto próprio de constrangimentos obriga a repensar o negócio e determina que a gerência do Candando, ponha em curso um plano para inverter a situação, plano este que foi aprovado pela sua administração, e que foi apresentado aos seus quadros no início deste mês de Junho 2020.

2. Este plano passa por manter os seus hipermercados e supermercados abertos, sendo, para tal, necessário o apoio das entidades competentes para garantir o acesso a linhas de crédito para compras a fornecedores nacionais produtores e para as compras internacionais.

3. O apoio do estado angolano é assim fundamental, no acesso e concessão de linhas de crédito com taxas de juro mais acessíveis enquadradas eventualmente no programa Prodesi e nos programas de apoio a empresas nacionais com base no Aviso 10 e outras medidas, sobretudo para o Candando promover, aumentar, e ajudar na compra e no escoamento dos produtos nacionais e do campo, vindas do interior do País. Será ainda necessária a agilização administrativa dos processos de licenciamento, e acesso a divisas que permitam proceder às importações atempadas de bens alimentares, bens de consumo e artigos de cesta básica, tão necessários no mercado Angolano.

Reiteramos que, a prioridade do Candando e dos seus accionistas e da sua gerência é sempre e em primeiro lugar atender as necessidades dos nossos fiéis clientes e dos nossos trabalhadores, e a empresa pretende honrar e salvaguardar os interesses dos seus parceiros e de todos aqueles que sempre apoiaram este projecto, confiantes que com o apoio das entidades e do público em geral, em breve resultará uma melhoria, e estes resultados positivos permitirão garantir a continuidade das lojas e a manutenção dos postos de trabalho, bem como de continuar a servir Angola com o sorriso bem-vindo ao Candando.»

folha8

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Samuel

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