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quarta-feira, 8 de julho de 2020

ANGOLA: SAIU O CORRUPTO, FICOU O ASSASSINO.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


O dinheiro de um país é como um símbolo nacional e as suas notas devem carregar o simbolismo de figuras emblemáticas e consensuais. As novas notas de Angola, alimentadas pela nova política de raiva e ódio, implantada, por João Lourenço “escorraçaram” a imagem de José Eduardo dos Santos considerado um dos maiores corruptos, pese ter enriquecido toda a direcção do MPLA e tornado este partido um dos mais ricos do mundo, mantendo a de Agostinho Neto, que para uma grande parcela de angolanos significa o maior assassino que a história de Angola, como República, conhece.

Por Fernando Vumby (*)

Esta imagem é, justamente associada ao facto de ser o maior culpado das matanças ocorridas durante o genocídio do 27 de Maio de 1977 e outras tantas, ocorridas, ainda, nos tempos do maqui (luta de libertação nacional/guerrilha), segundo relatos de companheiros de jornada e familiares das vítimas.

Assim a permanência desta figura, apenas consensual no MPLA, significa uma afronta e um acto ofensivo, provocador e nada dignificante, para a maioria dos angolanos, fora da família do partido do regime.

É possível que isso possa significar alguma coisa de importante para quem acha poder decidir tudo, sem ouvir outras sensibilidades, mas para mim, não!

Por isso penso não ter sido essa uma atitude justa, mas uma espécie de se tapar a cabeça e se destapar o cú, já que o cú de um é a cara do outro, logo essa será a percepção da maioria quando estiverem em posse das novas notas.

Isso por não se estar diante de um símbolo nacional, mas partidário. Ou será que deixaram o rosto de Agostinho Neto para simbolizar exactamente, a verdade sobre os massacres do dia 27 de Maio de 1977, onde ele assumiu-se como assassino, ao mandar julgar sem julgamentos?

Ora bem, se essa foi a ideia, dou os meus parabéns pela iniciativa e tiro o chapéu pela atitude corajosa e justa, de contrário não faz sentido retirar o rosto de um e deixar o de outro, considerando ser pouca a diferença entre um e outro, melhor, é quase zero.

Faria mais e maior sentido ver o rosto de alguém que signifique algo de importante e glorificante para os angolanos e Angola , nem que fosse apenas de uma árvore, de um bruxo, de um pássaro, uma montanha, um rio ou até mesmo, na falta de consenso de uma kwarra (prostituta profissional assumida), seria sempre mais neutral e apreciativo do que o rosto de um assassino.

(*) Fórum Livre Opinião & Justiça


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Um abraço!

Samuel

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