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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

O conselheiro trapalhão de Trump

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Passagem de Scott Atlas pela Casa Branca como consultor especial do presidente para a Covid-19 foi desastrosa: em três meses o número de infectados nos EUA dobrou, com um milhão de novos casos por semana.


O conselheiro da Casa Branca para coronavírus, Scott Atlas, durante coletiva de imprensa em 23 de setembro — Foto: AP Photo/Evan Vucci

O radiologista Scott Atlas caiu nas graças do presidente Trump ao dar repetidas entrevistas na Fox News sobre a pandemia do novo coronavírus. Falavam a mesma língua, compartilhavam as mesmas crenças.

Convidado em agosto para ser conselheiro especial do presidente para a Covid-19, o médico rapidamente entrou em choque com integrantes da força-tarefa e renomados infectologistas, atordoados com a sua falta de rigor científico.

A breve e controversa passagem de Atlas pela Casa Branca foi um desastre. Desde que ingressou até segunda-feira, quando pediu demissão, o número de pessoas infectados no país dobrou e mais 101 mil americanos morreram, totalizando 268 mil. Os EUA registram 1 milhão de novos casos por semana, cerca de 93 mil estão hospitalizados com a doença.

Atlas bateu de frente com o epidemiologista Anthony Fauci, considerado o principal especialista do país, que já serviu a seis presidentes. Trump, contudo, preferiu ouvir seu novo conselheiro e acatar ideias desprezadas pela comunidade científica.

Num post removido pelo Twitter, o médico menosprezou a eficácia das máscaras faciais para frear a doença. Alardeou o contestado conceito de “imunidade de rebanho” -- deixar o vírus se espalhar, protegendo os mais vulneráveis, para que o maior número de pessoas seja exposta e produza anticorpos contra ele.

Associou o aumento da doença à testagem sistemática, criticou o isolamento para os portadores assintomáticos, defendeu a reabertura da economia, das escolas e o retorno de jogos de futebol universitário. Trump acatava estas ideias como uma estação repetidora.

Sua demissão veio como alívio praticamente unânime entre autoridades de saúde, que não consideram Atlas fonte confiável para lidar com o novo coronavírus. A Universidade Stanford, que abriga o think tank conservador Hoover Institution, do qual Atlas se licenciou enquanto estava na Casa Branca, tomou distância das opiniões do radiologista.

A equipe de saúde de Joe Biden saudou a demissão do conselheiro do governo. “Você não iria a um podólogo por causa de um ataque cardíaco e era basicamente isso que estava acontecendo”, disse Celine Gounder, membro do conselho consultivo da Covid-19 montado pelo presidente eleito.

Em sua carta de demissão, Atlas defendeu sua gestão, que tinha prazo de validade: “Trabalhei muito com um foco singular -- salvar vidas e ajudar os americanos durante essa pandemia.” A pandemia não dá sinais de arrefecer. E Atlas não tem mais a quem distribuir seus conselhos.

fonte: globo.com


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Samuel

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