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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Angola: Homenagem a João Loureço gera debate entre ambientalistas angolanos.

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Técnicos ambientais e integrantes de ONGs têm opiniões diversas sobre pertinência da homenagem a João Lourenço. Presidente foi distinguido durante a gala anual da Fundação Internacional para a Conservação do Ambiente.


Uma homenagem política. É assim que o ativista Leo Paxi, diretor-executivo da organização não-governamental Ação Florestal, classifica a homenagem feita pela Fundação Internacional para a Conservação do Ambiente (ICCF, na sigla em inglês) ao Presidente angolano, como reconhecimento ao seu engajamento na causa ambiental.

O ativista dá como exemplo a devastação das florestas, um pouco por todo país, sem que as autoridades governamentais tomem medidas concretas para contrapor o cenário.

"Para mim esta ação foi mais política, porque nós temos as florestas devastadas dia e noite com a exploração de madeira e carvão e não há políticas próprias para contrapor está situação", argumenta Paxi.

Para Valdemiro Russo, da Fundação Kissama, a homenagem ao Presidente João Lourenço é um alerta para a necessidade de o Executivo angolano alinhar-se às políticas e estratégias internacionais sobre a natureza e, até mesmo, acelere processos atrasados.

"Não é muito claro em relação aos esforços que são feitos, mas há uma colagem ao acordo Casas, da região do Okavango-Zambeze, onde Angola é o único país desta zona que ainda não ratificou o acordo", opina.

Angola Nationalpark

Gestão dos parques nacionais, como o Quicama (foto), estão em debate em Angola

Acordo com a African Parks

O Presidente angolano disse que o país iniciou negociações com a ONG African Parks para uma parceria público-privada para a cogestão de longo prazo e desenvolvimento dos parques naturais de Luengue-Luiana e Mavinda, no sudeste de Angola.

João Lourenço sublinhou que aqueles parques naturais formam um corredor de ligação a outras zonas protegidas da região transfronteiriça protegida do Okavango-Zambeze.

Sobre o assunto, Valdemiro Russo considera a decisão de estabelecer parceria público-privada com a African Parks como oportuna e acertada e há muito aguardada pela Fundação Kissama.

Russo lembra que a ONG sul-africana assinou em dezembro de 2019 um acordo com o Governo angolano para gestão do Parque Nacional do Yona. "Não será o primeiro, e a expansão para o Luengue-Luiana e Mavinda, portanto, faz parte desta estratégia de parcerias para a gestão dos nossos parques. Penso que será uma estratégia acertada vamos ver os resultados que iram dar", sugere.

fonte: DW África

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Samuel

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