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domingo, 17 de julho de 2022

ANGOLA: FILDA ALIVIA A “DÔR” DO MPLA.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Com eleições à porta (já ganhas pelo MPLA, segundo “segredou” Marcelo Rebelo de Sousa a João Lourenço) e na ressaca do luto e do ”velório” sem corpo do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a 37.ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda) arrancou hoje em tom optimista face às perspectivas de negócios, que não deverão ser afectados pelo período eleitoral. “Nada vai impedir que a economia continue a funcionar. O facto de haver eleições não significa que a economia pare, não pode parar, as pessoas têm de comer todos os dias” (as que têm comida, recorde-se), disse o ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, após uma degustação de queijo, de passagem pelo ‘stand’ de Portugal durante a visita à Filda. “Excelente”, comentou o ministro a propósito da prova de queijo português, questionado pela Lusa. O mesmo comentário fez a Josefa Carimbó depois de ter encontrado restos de pão numa das emblemáticas lojas do povo criadas pelo MPLA, vulgarmente chamadas lixeiras. Milhares de pessoas, entre visitantes e expositores, acorreram hoje à Zona Económica Especial (ZEE) de Luanda para a inauguração da Filda, que deveria ter começado na terça-feira e acabado hoje, mas foi adiada devido ao luto nacional decretado pela morte do antigo presidente angolano José Eduardo dos Santos, no dia 8 de Julho, também baptizado por João Lourenço como marimbondo que deixou os cofres vazios. A sombra de “Zedu”, como era popularmente conhecido, pairava ainda hoje sobre a Filda onde os discursos inaugurais foram antecedidos por um minuto de silêncio e os ministros fizeram questão de evocar o chefe de Estado, expressando “tristeza e consternação” pelo seu desaparecimento, mesmo sabendo-se que a maioria deles ajudou João Lourenço a apunhalá-lo… pelas costas. Apesar dos constrangimentos que provocou às empresas – 630, segundo os números da organização, entre as quais 200 estrangeiras provenientes de 15 países, incluindo 24 portuguesas – os expositores mantiveram a sua presença. “Não tenho conhecimento de que tenha havido desistências. Os países inicialmente previstos são os que estão aqui”, sublinhou Nunes Júnior, durante a visita, em que foi acompanhado de uma comitiva que integrou também os seus colegas de governo com a pasta da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, e Indústria e Comércio, Vítor Fernandes. “Ainda não vimos tudo, mas o que vimos até agora aponta para uma perspectiva positiva. Estão representadas várias empresas de vários países e isto é bom sinal, é sinal de confiança”, apontou, a propósito do ambiente da feira. No seu discurso de abertura, Nunes Júnior focou alguns trunfos do governo como a saída da recessão, estabilização do mercado cambial e o fim das restrições na transferência de dividendos dos investidores, sublinhando que “o tráfico de influências que caracterizava o funcionamento deste mercado pertence ao passado”. Foi pena não ter referido outros trunfos, como a diminuição em 0,0001% do número de pobres (actualmente 20 milhões), o êxito da implementação do decreto que determina que em Angola só podem morrer os angolanos que estiverem vivos e a criação – já com patente registada – pela Presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gamboa, do dinheiro voador. Outro dos aspectos positivos é a descida da dívida púbica que reduziu de 80,84 mil milhões de dólares em 2017 para 70,43 milhões em 2021, salientou o governante. “A nossa casa está arrumada e pronta a receber as nossas visitas”, disse, num apelo aos investidores de todo o mundo que queiram contribuir para o desenvolvimento deste país, realçando que “o investimento estrangeiro será sempre bem-vindo”. As perspectivas de crescimento para 2022 “são igualmente boas”, estimando-se que a economia nacional venha a ter um crescimento global de 2,7%”, vincou Nunes Júnior. Também o ministro da Economia e Planeamento reforçou o apelo às oportunidades de fazer negócio em Angola, apontando a diversificação “de facto” da economia, onde o peso do sector não petrolífero passou de 59%, em 2011, para 71%, em 2021, como um factor de atracção. Garantida está, igualmente, a entrada em vigor da lei que determina que os anos passarão a ter 12 meses… Sublinhou ainda que Angola esta aberta ao mundo dos negócios e que a Filda está inserida na visão da diplomacia económica, reflectindo um “enorme apetite internacional” já que este ano estão presentes no certame oito delegações oficiais internacionais que comparam com apenas três no ano anterior. Com um espaço de 28 mil metros quadrados, a feira decorre este ano até à próxima quarta-feira sob o lema “Energias Disruptivas como suporte ao desenvolvimento da Economia”. Compõe-se de vários sectores de actividade incluindo Indústria, Comércio, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Oil & Gás, Banca e Seguros, Transporte e Logística, Construção Civil e Obras Públicas, Indústria Transformadora, Turismo e Hotelaria, Alimentação e Bebidas, Educação e Formação, Agricultura, Agro-pecuária e Pescas e Energia e Ambiente. Folha 8 com Lusa

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Samuel

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