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domingo, 27 de novembro de 2022

CONVERSAÇÕES DE PAZ RDC EM NAIROBI: Paz sem M23, é possível?

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Desde que os combates recomeçaram na parte oriental da República Democrática do Congo (RDC), a diplomacia só esteve ativa na tentativa de apagar o fogo. Com efeito, depois da cimeira de Luanda onde o Presidente ruandês, Paul Kagame, se destacou pela sua ausência, abriu-se em Nairobi, no Quénia, uma nova sessão de conversações de paz entre os protagonistas congoleses. Essa terceira rodada, que começou em 27 de novembro, deve, a princípio, se estender até 2 de dezembro. O retorno da paz ao leste da RDC passará por Nairóbi? Podemos duvidar. Sobretudo porque Kinshasa se recusou até agora a falar com os rebeldes do M23 que, como sabemos, constituem a maior ameaça ao poder que os qualifica de "terroristas". “Não vamos discutir com o M23 porque não respeitou nada”, reiterou o porta-voz do presidente congolês, Félix Tshisékedi, pouco antes do reatamento das conversações. No entanto, no terreno, a M23 conquistou várias localidades e está quase às portas de Goma. Por que então as autoridades congolesas se escondem? Eles fingem ignorar que o retorno da paz em Kivu do Norte não é possível sem a M23? De qualquer forma, é um erro excluir esse movimento rebelde das negociações de paz em andamento. Tudo está acontecendo, de fato, como se Kinshasa estivesse trabalhando para isolar o M23 para poder combatê-lo melhor militarmente com a chegada gradual de soldados da força regional. Essa estratégia vai compensar? Nada é menos certo. O presidente Félix Tshisékedi se beneficiaria com uma mudança de tom, alcançando todos os grupos armados Porque também os primeiros dirigentes da referida força regional pretendem favorecer o diálogo com todos os grupos armados que esquadrinham o Kivu do Norte e perturbam o sono das populações. “Nossas tropas estão posicionadas com força de imposição, vão pedir aos grupos armados que entreguem suas armas. Se não o fizerem, serão coagidos a isso. Porque as nossas tropas têm capacidade para o fazer para que o diálogo político possa continuar”, disse o porta-voz do exército ugandês, que destaca mil soldados no terreno. Em todo o caso, ao recusar-se a dialogar com o M23, Kinshasa complica a tarefa do mediador queniano que, desde então, luta arduamente para consertar os irmãos inimigos congoleses. Tal atitude não ajuda em nada, principalmente quando sabemos que muito mais do que os cem grupos armados presentes em Nairóbi, o M23 tem uma formidável capacidade de perturbação. Dito isto, e na medida em que é a favor de uma desescalada, o Presidente Félix Tshisékedi beneficiaria de uma mudança de tom, estendendo a mão a todos os grupos armados. Porque de nada adianta assinar acordos em Nairóbi nos quais certos atores, e não menos importantes, não se reconhecerão. É uma utopia querer buscar a paz na exclusão. Não dizemos que as mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos? Bondi OUOBA fonte: https://lepays.bf/

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Samuel

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