Postagem em destaque

Sequestro de 276 meninas marca Nigéria, dez anos depois.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Em 2014, guerrilheiros do islamista Boko Haram raptaram estudantes q...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

MASSACRES DE CIVIS NO ORIENTE DA RDC: Tshisekedi deve assumir a responsabilidade.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Os números são assustadores. 131 civis, segundo a MONUSCO e 272 segundo o governo congolês, foram massacrados em 29 de novembro de 2022 durante atos de represália em duas localidades do Kivu do Norte, Kishishe e Bambo, em uma área sob controle do M23. Muito logicamente, as autoridades de Kinshasa apontam o dedo para o movimento rebelde e convidam o Tribunal Penal Internacional (TPI) a ir ao local para investigações para todos os efeitos. Enquanto se espera para ver que seguimento será dado pela justiça internacional a este pedido do governo congolês, esta tragédia mostra a urgência de agir para trazer a paz a esta martirizada região da RDC. E para dizer a verdade, nesta perspectiva, a bola está do lado do presidente Félix Tshisekedi que, para já, se recusa a sentar-se à mesma mesa dos rebeldes do M23. É hora de ele engolir o orgulho pelo interesse dessas populações que, há décadas, sofrem indizíveis sofrimentos devido aos abusos de grupos armados. É até um dever para ele como Chefe de Estado na medida em que é o primeiro responsável pela segurança de todos os congoleses. E ao contrário do que se possa pensar, teria tudo a ganhar politicamente se conseguisse chegar a uma paz negociada com os rebeldes nas vésperas das próximas eleições. Não só, de facto, isso seria a garantia de uma eleição pacífica com a participação de todos os congoleses, como a sua imagem de pacificador poderia atrair-lhe a simpatia das populações que lhe poderiam conceder o segundo mandato que ambiciona. O M23 deve mostrar suas credenciais neste caso Qualquer coisa em contrário resultaria em eleições caóticas e contestadas que apenas adicionariam lenha à fogueira. Enquanto aguardamos que Tshisekedi decida dar este passo salutar para o seu povo, podemos desde já saudar o gesto de boa vontade do M23 que levantou, pela primeira vez, a possibilidade de retirada das suas posições no Leste da RDC. Com efeito, a 6 de Dezembro, o movimento disse estar "pronto para iniciar um desengajamento e retirada" independentemente das conclusões da mini-cimeira de Luanda em Angola e das conversações de Nairobi no Quénia que acabam de terminar. Seria uma pena se estes sinais encorajadores não fossem aproveitados pelas autoridades congolesas para avançar para uma desescalada duradoura para deleite das populações que vivem o horror diariamente. Posto isto, o M23, que nega estar na origem desta sangrenta orgia que não poupou nem mulheres nem crianças, deve mostrar as suas credenciais neste caso. Isso lhe daria crédito e pode até levar a comunidade internacional a exercer mais pressão sobre Kinshasa para avançar para uma paz negociada. Mas se o movimento for culpado, esses massacres revelariam ao mundo inteiro toda a feiúra da face desse movimento rebelde. E, neste caso, os responsáveis ​​podem sempre correr pelas ruas mas acabarão por ser apanhados. SAHO fonte: lepays.bf

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo desde que contribua para melhorar este trabalho que é de todos nós.

Um abraço!

Samuel

Total de visualizações de página