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quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

ANGOLA: HÁ, OU NÃO, CARENCIADOS NO BAILUNDO?

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Dezanove mil famílias carenciadas da comuna do Lunje, município do Bailundo, província do Huambo, foram cadastradas para beneficiarem do Programa de Fortalecimento de Protecção Social (Kwenda). OPrograma de Fortalecimento de Protecção Social “Kwenda” prevê assistir, no município do Bailundo, um total de 80.670 famílias carenciadas, segundo a Angop. Ora, se o concelho do Bailundo tem cerca de 380 mil habitantes, se cada família tem – no mínimo – quatro pessoas, quer dizer que quase toda a população é carenciada. Isto ao fim de 47 anos de governo do MPLA. A directora do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS) na província do Huambo, Chimuma de Oliveira, que falava à imprensa, disse que o Kwenda está a permitir a redução dos índices de pobreza nas famílias, com a transferência, de três em três meses, de um total de 25.500 Kwanzas para cada uma delas. Disse também que, após o cadastramento, serão cumpridas algumas acções burocráticas, desde a escrita correcta dos nomes e das aldeias em que estão localizadas, de modo a não dificultar a entrega dos valores monetários. Chimuma de Oliveira referiu que o processo contou com a ajuda da Administração municipal do Bailundo e da comissão de moradores, por ainda existirem dificuldades no acesso a algumas localidades e apelou às famílias para saberem usar o montante a ser entregue, nos próximos dias, pois visa, sobretudo, a promoção da auto-sustentabilidade. Até ao momento, disse, foram cadastradas, no município do Bailundo, 13.737 famílias carenciadas da comuna de Luvemba, que já beneficiam das transferências sociais monetárias. Por seu turno, o administrador comunal do Lunje, Adelino Cambuta, disse que a acção vai permitir o combate à pobreza na comunidade, numa altura em que já foram cadastradas maior parte das famílias vulneráveis das 164 aldeias da localidade. Alertou aos beneficiários a utilizarem o dinheiro para a facilitação económica e desenvolvimento familiar, para que saiam da condição actual de carenciados. Depois de cadastrado, o cidadão Azevedo Arão disse ser uma alegria constar do programa, pois os valores monetários vão resolver algumas necessidades básicas da família. Horácio Chitumba, outro beneficiário do projecto Kwenda, enalteceu a iniciativa do Executivo angolano, por permitir o fortalecimento das famílias vulneráveis, de modo a fomentar as actividades económicas nas comunidades rurais, acrescentando que o montante a ser recebido vai contribuir na compra de animais para a actividade pecuária, de modos a facilitar na auto-sustentabilidade familiar. O beneficiário Pedro Pessela disse que o kwenda vai aliviar as carências com que muitas famílias locais se debatem, bem como permitir o desenvolvimento de pequenas actividades económicas. Na província do Huambo, até ao momento, um total de 76.527 famílias desfavorecidas dos municípios do Bailundo, Cachiungo, Londuimbali e Mungo, beneficiaram do Programa de Fortalecimento de Protecção Social “Kwenda”, em curso desde 2021. O Kwenda é um programa do Executivo angolano, que visa criar políticas de apoio às famílias mais vulneráveis, com a duração de três anos e abrange quatro componentes, nomeadamente as Transferências Sociais Monetárias, a Inclusão Produtiva, a Municipalização da Acção Social e o reforço do Cadastro Social Único. Segundo o Governo, é notório, nos últimos tempos, o crescimento nos sectores da Educação, Saúde e Habitação, proporcionando um desenvolvimento reforçado com a execução de projectos do Programa de Combate à Pobreza e do Plano de Intervenção nos Municípios (PIIM). O administrador do Bailundo, Irineu Cândido Sacaála, destacou em Julho do ano passado que, nos últimos cinco anos, as acções do Governo da província do Huambo, permitiram mudar, significativamente, a vida das populações, com a construção de escolas com sete salas de aula em cada comuna, nomeadamente Hengue, Luvemba, Bimbe e Lunje, além de centros e postos de saúde em cada uma das quatro localidades. Muitas escolas que antes eram comunitárias, construídas com material precário, estão a dar lugar a novas estruturas de carácter definitivo. Isso, segundo o administrador, está garantir melhor qualidade de ensino e aprendizagem da massa estudantil do Bailundo. O sector da Educação no Bailundo tem registados cerca de 121 mil estudantes matriculados em todos os subsistemas de ensino. O município tem dois mil professores, considerados insuficientes, pelo que necessita de pelo menos de mais 785 professores e cerca de 157 escolas para fazer face à cobertura do município. O administrador municipal explicou que a jurisdição conta, igualmente, com uma extensão universitária, afecta a um dos Institutos Superiores Politécnicos privados do mercado local, que está a absorver todos os estudantes que terminam o II ciclo. Ainda segundo o MPLA/Governo, o Bailundo está bem servido no sector da Saúde. Possui 33 unidades sanitárias, das quais um hospital municipal, seis centros e postos de saúde construídos nas quatro comunas. A agricultura é dos sectores que mais cresce no Bailundo. O município produz quase tudo e a população é maioritariamente camponesa. No quadro do combate à pobreza, a administração municipal tem apoiado cerca de 94 cooperativas e associações de camponeses, com sementes e fertilizantes, para aumentar a produção e garantir a dieta alimentar das famílias. O administrador municipal destacou que a prioridade da sua administração estava focada no combate à fome no seio da população. ”Depois do desafio ser alcançado, haverá maior auto-suficiência alimentar e um progresso significativo”, adiantou. Irineu Cândido prevê que, nos últimos cinco anos, a situação socioeconómica do Bailundo venha a melhorar, com o combate à fome e à pobreza no seio das populações rurais. A piscicultura, sublinhou, é outro sector em que o município do Bailundo se tem mostrado bastante forte nos últimos anos. Trata-se de um sector no qual tem sido canalizado investimento privado. A título de exemplo, disse, na comuna de Luvemba, há um empresário que desenvolveu um projecto ambicioso, com a colocação de tanques de criação de peixe que tem estado a abastecer o mercado do Huambo e diferentes pontos do país. Ainda de acordo com o Executivo, a chegada da energia proveniente da Barragem Hidroeléctrica de Laúca mudou a vida dos comerciantes, pelo facto de motivar o ressurgimento de pequenas e médias indústrias, como serralharia, carpintaria e moageiras, tendo reafirmado que o município do Bailundo é um dos que mais beneficiou nos últimos anos,f ruto dos investimentos de âmbito central. Uma subestação com capacidade de 20 mega watts, ligada ao sistema de Rede Nacional de Electricidade, garante o fornecimento de energia a mais de 130 mil famílias. Ainda no quadro de novos investimentos, foi, igualmente, inaugurada pelo Presidente da República, João Lourenço, a Centralidade de Halavala, com capacidade de 3.005 apartamentos de tipologia T3. Estava igualmente em construção o sistema de captação e distribuição de água potável que vai abastecer a vila municipal e os seus bairros, bem como os futuros habitantes da Centralidade Halavala. Em fase de conclusão estava a construção da “Cidadela dos Jovens de Sucesso” e um centro de formação profissional, para a juventude aprender várias profissões. Também foi lançada a primeira pedra para a construção do futuro Hospital Geral do Bailundo. Com capacidade para 200 camas, a unidade vai ter serviços de hemodiálise e outras especialidades, para evitar que os pacientes sejam evacuados para o Hospital Geral do Huambo. O administrador mostrou-se satisfeito pelo facto de ver o desenvolvimento do município em vários domínios sociais, mas pede a participação de todos munícipes para que o Bailundo continue a ser uma referência no país. Pediu aos jovens que apostem igualmente na agricultura para que, com o apoio da administração municipal, seja garantida maior produção. Irineu Cândido apontou a reabilitação das vias terciárias pressuposto fundamental para facilitar o escoamento dos produtos do campo para os centros de consumo. O soberano da Ombala do Mbalundo mostrou-se satisfeito com o nível de desenvolvimento que o seu município está a ganhar nos últimos tempos, fruto dos investimentos que o Executivo angolano está a desenvolver nas comunidades, com intuito de melhorar a qualidade de vida das populações. Isaac Francisco Lucas, com o cognome de Tchongolola Tchingonga I, destacou que, com a nova Centralidade de Halavala, muitos filhos do Bailundo e não só, vão concretizar o sonho da casa própria e muitos funcionários públicos, que actualmente vivem na cidade do Huambo, vão deixar de percorrer dezenas de quilómetros e gastos de dinheiro de táxi para cumprir as suas obrigações diárias nas comunas. A energia eléctrica da barragem de Laúca, realçou o soberano, vai promover o desenvolvimento do empreendedorismo, visto que as pequenas e médias indústrias vão poder funcionar da melhor forma, bem como permitir conservar os frescos e melhorar a dieta das famílias. Tchongolola Tchingonga I convidou os empresários nacionais e estrangeiros a investirem naquela região, para proporcionar mais emprego aos jovens, pelo facto de possuir muitos terrenos para desenvolver vários projectos agrícolas e a criação de indústrias. O rei encorajou o Executivo a continuar a implementar o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). “Nós, na qualidade de autoridades tradicionais, vamos ajudar e a pelar as populações à conservação destes equipamentos sociais posto à disposição das comunidades, para evitar que o Estado invista sempre nas mesmas coisas”, garantiu. Foto: A Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, com o Rei Tchongolola Tchingonga, do Bailundo. fonte: folha8

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Samuel

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