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sábado, 18 de março de 2023

Kremlin anuncia que Putin e Xi vão marcar "nova era" nas relações entre Rússia e China.

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A visita de Xi ocorre quando a Rússia está a voltar massivamente a sua economia para a China, desde o início do conflito na Ucrânia, que provocou uma grande quantidade de sanções ocidentais. Os líderes russo e chinês vão assinar uma declaração que vai marcar uma nova era nas relações dos dois países durante a visita do Presidente da China à Rússia, que acontece na próxima semana, anunciou esta sexta-feira o Kremlin. O Presidente russo, Vladimir Putin, e o dirigente chinês, Xi Jinping, vão assinar "uma declaração conjunta (...) que prevê o aprofundamento das relações de parceria e das relações estratégicas, entrando numa nova era", declarou o assessor diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov, citado pelas agências de notícias russas. Segundo Ushakov, Putin e Xi também assinarão outro documento sobre a cooperação económica russo-chinesa até 2030, bem como uma dezena de outros acordos que estão a ser elaborados. Na segunda-feira, os dois líderes também vão publicar um editorial que será publicado num jornal russo e num jornal chinês, "um sinal importante antes das discussões propriamente ditas", afirmou Ushakov. O conselheiro diplomático do Kremlin enfatizou que o conflito na Ucrânia seria um assunto a ser tratado na reunião, acrescentando que a Rússia "aprecia muito a total contenção e a posição de equilíbrio dos líderes chineses sobre esta questão". Segundo Ushakov, Pequim "entende as reais causas desta crise" e Moscovo saúda de forma positiva a iniciativa proposta pela China para resolver o conflito na Ucrânia, com base num documento publicado em 24 de fevereiro. Putin e Xi também falarão sobre cooperação nos campos "técnico-militar" e energético, segundo Ushakov. Sobre a programação da visita de Xi, que acontece entre 20 e 22 de março, Ushakov disse que os dois Presidentes teriam um primeiro encontro individual na segunda-feira antes de um jantar. Ad O porta-voz do Kremlin havia referido anteriormente a um "almoço". A visita de Xi ocorre quando a Rússia está a voltar massivamente a sua economia para a China, desde o início do conflito na Ucrânia, que provocou uma grande quantidade de sanções ocidentais. Muitos analistas acreditam que Moscovo agora corre o risco de desenvolver uma forma de dependência de Pequim, uma observação contestada por Ushakov. "Não há um líder nem um seguidor nas relações Rússia-China. Ambos os lados confiam um no outro igualmente", afirmou o porta-voz russo.

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Samuel

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