Funcionários de alto escalão e instituições indonésias começaram pela primeira vez neste ano a realizar ataques verbais em público contra os homossexuais no sudeste da Ásia
Jacarta, Indonésia - Na Indonésia, não há espaço para a comunidade homossexual, indicou nesta quinta-feira (11/8) um porta-voz da presidência, depois que defensores dos direitos humanos denunciaram uma intensificação de declarações e ataques homofóbicos no país muçulmano mais populoso do mundo.
A comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) sofreu uma "deterioração imediata" de seus direitos, após uma série de ataques verbais de ministros, religiosos partidários de uma linha dura e influentes organizações islâmicas, ressaltou a ONG Human Rights Watch (HRW) em um novo relatório publicado nesta quinta-feira.
Funcionários de alto escalão e instituições indonésias começaram pela primeira vez neste ano a realizar ataques verbais em público contra os homossexuais no sudeste da Ásia, acrescenta o relatório, que revela um apelo para proibir a comunidade LGBT nos campus universitários. Em resposta a este documento, autoridades indonésias indicaram que a proteção dos direitos da comunidade homossexual no país não era uma prioridade.
"Os direitos dos cidadãos, como ir à escola ou obter uma cédula de identidade, estão protegidos, mas não há espaço na Indonésia para a proliferação do movimento LGBT", declarou à AFP um porta-voz da presidência, Johan Budi. Vários ministros figuram entre os integrantes de alto escalão que realizaram recentemente ataques verbais contra a comunidade LGBT. O ministro da Defesa havia vinculado os direitos dos homossexuais a uma "espécie de guerra moderna".
"Os direitos dos cidadãos, como ir à escola ou obter uma cédula de identidade, estão protegidos, mas não há espaço na Indonésia para a proliferação do movimento LGBT", declarou à AFP um porta-voz da presidência, Johan Budi. Vários ministros figuram entre os integrantes de alto escalão que realizaram recentemente ataques verbais contra a comunidade LGBT. O ministro da Defesa havia vinculado os direitos dos homossexuais a uma "espécie de guerra moderna".
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Samuel