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quarta-feira, 13 de julho de 2022

O IRREVERSÍVEL DECLÍNIO DO MPLA.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Com José Eduardo dos Santos, João Lourenço conseguirá dobrar a justiça e o governo espanhol, como fez com Portugal e com o processo de Manuel Vicente? Por Osvaldo Franque Buela (*) O Presidente João Lourenço continua a ignorar as vozes da razão e deve reflectir sobre a sua sustentabilidade e a do MPLA, sobretudo após a morte de José Eduardo dos Santos e o desfecho desta batalha jurídica com a sua família. As coisas não vão bem e nem tudo deve acontecer como está sendo administrado, especialmente para prestar atenção à imagem do país e de todo um povo, para evitar uma crise diplomática desnecessária com a Espanha, sobre isso que é antes de tudo um assunto de família. João Lourenço se estivesse bem cercado e sobretudo se ouvisse as boas recomendações dos conselheiros e de personalidades independentes e da sociedade civil, teria tido tempo de antecipar a morte do seu antecessor e tomar as decisões acertadas O país vive um período de saturação do regime, uma forte vontade de mudar de poder, mas observamos que o Presidente continua a multiplicar os erros de comunicação e de tomada de decisão sobre o que certos jornalistas zelosos que vão buscar supostos filhos de Dos santos que ele mesmo havia negado em vida, aparecerem na televisão a receberem condolências públicas. Isso denota uma real e notória incompetência e intromissão na vida privada de alguém que sempre reconheceu seus filhos actuais. Se o presidente fosse mesmo um estadista, deveria ter tomado decisões judiciais ou políticas sábias sobre os casos em que Isabel dos Santos e os demais estão envolvidos, em vez de uma justiça selectiva que só provou ao mundo inteiro que o combate à corrupção nunca será liderado pelas mesmas pessoas que administram e se beneficiam do sistema há 32 anos. O segundo grande erro do Presidente é reforçar a segurança da ex-primeira-dama Ana Paula contra os outros filhos do falecido, de providenciar um advogado para defendê-la, creio que a ex-primeira-dama tem plena consciência e pode afirmar publicamente que ela não fazia mais parte da vida do falecido presidente, e deveria ter a mínima humildade e acompanhado o luto de seus filhos, em vez de passar pelos tribunais que arriscam manchar a imagem de um presidente do país inteiro. Se João Lourenço teve que dobrar a justiça portuguesa por chantagem política para salvar a pele de Manuel Vicente, não creio que seja o caso da justiça espanhola, reputada muito processual, recuperar facilmente o corpo de José Eduardo dos Santos por chantagem política, sem consenso com a família. Ainda há tempo para o presidente sair da sua bolha de vingança e prepotência, vestir a roupa de luto e um pouco de humanidade para tomar uma decisão sábia em total acordo com a família e sem interferência, o mais rápido possível. Tomar decisões tardiamente só servirá para manchar ainda mais a sua imagem já enegrecida e acredito que se o perdão que quer conceder às filhas de JES tivesse sido oferecido quando JES estava vivo, durante a sua última estadia em Angola, o Presidente tornar-se-ia este grande herói que os angolanos esperavam ver, mas fazer uma selecção de pessoas cujas contas bancárias tiveram de ser bloqueadas, julgá-las sumariamente e jogá-las na prisão sem possibilidade de defesa, poupando certos processos em que estão implicados os seus colaboradores mais próximos, só irá gerar graves consequências a longo prazo, para ele e para o MPLA. O momento da verdade e do declínio político do MPLA está apenas a começar, e eu acredito, com a partida para a eternidade do emblemático presidente Eduardo dos Santos o declínio é irreversível. (*) Activista e refugiado político na França Nota. Todos os artigos de opinião responsabilizam apenas e só o seu autor, não vinculando o Folha 8. Ilustração da responsabilidade do Folha 8

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Samuel

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